Importante: mesmo que as redes sociais da Meta fiquem mais permissivas com ofensas e condutas preconceituosas, quem comete racismo ou injúria racial pode ser denunciado e pegar de dois a cinco anos de prisão o Brasil. O mesmo vale para atos de homofobia e de transfobia. Todos esses crimes são inafiançáveis e não prescrevem.
O que a Meta vai permitir nas suas redes sociais agora
- Chamar uma pessoa LGBTQIA+ de "doente mental", "anormal" ou "esquisito" [veja a diretriz original abaixo].
“Permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, considerando discursos políticos e religiosos sobre transgenerismo e homossexualidade, bem como o uso comum e não literal de termos como ‘esquisito’.”
- Dizer que pessoas LGBTAQIA+ ou mulheres não podem praticar determinados esportes, participar de ligas esportivas ou frequentar determinados banheiros ou escolas [veja o original abaixo].
"[São proibidas publicações que contêm] Exclusão social, no sentido de negar acesso a espaços (físicos e online) e serviços sociais, com exceção de exclusões baseadas em sexo ou gênero em espaços geralmente restritos por essas categorias, como banheiros, esportes e ligas esportivas, grupos de saúde e apoio, e escolas específicas."
- Dizer que mulheres ou pessoas LGBTQIA+ não podem ocupar cargos militares ou trabalhar como policiais [veja o original abaixo]. A diretriz foi alterada após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometer tirar pessoas transgêneros do Exército e de escolas em seu primeiro dia de governo.
“Permitimos conteúdo que defenda limitações baseadas em gênero para empregos militares, policiais e de ensino. Também permitimos conteúdo similar relacionado à orientação sexual, desde que fundamentado em crenças religiosas.”
- Xingar alguém no contexto de uma discussão sobre política, religião, direitos do público LGBTQIA+ ou imigração [veja o original abaixo]. No trecho, a Meta diz que as políticas permitem o uso de ofensas ou que o usuário se coloque contrário aos direitos desses grupos em postagens.
"Às vezes, as pessoas usam linguagem específica de sexo ou gênero para discutir o acesso a espaços geralmente restritos por essas categorias, como banheiros, escolas, cargos militares, policiais ou de ensino, além de grupos de saúde ou apoio."
“Em outros casos, solicitam exclusão ou recorrem a linguagem ofensiva ao abordar tópicos políticos ou religiosos, como direitos de pessoas transgênero, imigração ou homossexualidade. [...] Nossas políticas foram criadas para dar espaço a esses tipos de discurso.”
O que a Meta apagou da lista de "proibido"
A Meta também apagou de sua lista de comportamentos proibidos alguns insultos ou condutas preconceituosas que se referiam a mulheres, pessoas LGBTQIA+, negros e muçulmanos.
O g1 questionou a Meta para saber se a remoção dos termos implica que esses comportamentos serão permitidos a partir de agora. A empresa não respondeu diretamente, enviando um comunicado em que aborda genericamente as mudanças na moderação das plataformas.
Alguns exemplos de proibições que foram apagadas:
- Comparar mulheres a “objetos domésticos”, “propriedade” ou “objetos no geral”.
- Expressar que um gênero é superior a outro.
- Se declarar intolerante em relação a outros grupos. Nesse trecho, a política anterior da Meta proibia explicitamente que alguém se autodeclarasse como "homofóbico", "racista" ou "islamofóbico" - essa restrição também foi retirada.
- Dizer que uma pessoa ou um determinado grupo espalhou ou foi responsável pela existência do coronavírus.
- Na versão em inglês, foi retirado o trecho que proibia que o usuário se referisse a pessoas transgêneros ou não binárias pelo pronome ‘it’, usado para objetos ou animais e pejorativo quando direcionado a alguém. Grupos LGBTQIA+ recomendam a utilização de pronomes que estejam de acordo com o gênero que a pessoa se identifica.

Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos
Empresa também encerrou programa de diversidade
Na prática, a Meta não terá mais uma equipe focada em diversidade e agora “se concentrará em como aplicar práticas justas e consistentes que mitiguem o preconceito contra todos, não importando sua origem”, segundo um comunicado enviado aos funcionários.
Fim da checagem de fatos e outras mudanças
O fim da checagem dos posts por terceiros no Facebook, Instagram e Threads foi anunciado pelo presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, no último dia 7. Na publicação, ele disse que a empresa irá colaborar com Donald Trump para combater supostas tentativas de censura.

Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos
Principais mudanças anunciadas pela Meta:
- atualização de sua política de "conduta de ódio", removendo restrições a permitindo comentários discriminatórios contra determinados grupos.
- a Meta deixa de ter os parceiros de verificação de fatos ("fact checking", em inglês) que auxiliam na moderação de postagens, além da equipe interna dedicada a essa função;
- em vez de pegar qualquer violação à política do Instagram e do Facebook, os filtros de verificação passarão a focar em combater violações legais e de alta gravidade.
- para casos de menor gravidade, as plataformas dependerão de denúncias feitas por usuários, antes de qualquer ação ser tomada pela empresa;
- em casos de conteúdos considerados como de "menor gravidade", os próprios usuários poderão adicionar correções aos posts, como complemento ao conteúdo, de forma semelhante às "notas da comunidade" do X;
- Instagram e Facebook voltarão a recomendar mais conteúdo de política;
- a equipe de "confiança, segurança e moderação de conteúdo" deixará a Califórnia, e a de revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).

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10 meses atrás
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