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VÍDEO: Exército de Israel divulga imagens de tropas em nova operação terrestre em Gaza

As operações ocorrem no dia seguinte ao anúncio de uma ampla operação terrestre no sul e no norte de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, promete entrar no território palestino "com toda a força" e disse nesta segunda-feira que Israel tomará toda a Faixa de Gaza.

Palestinos evacuam suas casas após Exército israelense anunciar bombardeios em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 19 de maio de 2025. — Foto: REUTERS/Hatem Khaled

O Exército israelense afirmou em comunicado que a operação terrestre começa após uma onda preliminar de ataques da Força Aérea contra alvos do grupo terrorista Hamas para diminuir as capacidades de resposta contra a investida. A pasta israelense disse também que mais de 670 alvos terroristas do grupo foram atingidos em toda a Faixa de Gaza na última semana.

Tanque israelense se movimenta em área próxima à fronteira do sul de Israel com a Faixa de Gaza se preparando para ofensiva terrestre em 18 de maio de 2025. — Foto: AP Photo/Ariel Schalit

Ainda segundo os israelenses, até o momento suas tropas eliminaram dezenas de terroristas do Hamas, desmantelaram infraestruturas do grupo tanto na superfície quanto subterrâneas, e que estão posicionadas em pontos estratégicos dentro de Gaza.

A investida israelense ocorre em meio a uma nova rodada de negociações por um cessar-fogo na guerra e libertação de reféns, que não apresentou avanços até o momento. O conflito iniciou em 2023 após o ataque terrorista de 7 de outubro no território israelense, que deixou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

O premiê israelense sinalizou ainda uma mudança na abordagem da guerra, em que agora as tropas israelenses ocuparão os territórios tomados, em vez de se retirar ao final de operações contra terroristas do Hamas. A nova ofensiva terrestre de "ocupação total", aprovada pelo congresso israelense, terrestre pode colocar em prática a nova estratégia.

O plano será implementado de forma gradual e envolve a ocupação permanente do território, segundo disseram à agência de notícias Associated Press duas fontes do gabinete de ministros de Israel. Atualmente, Israel já controla aproximadamente 50% do total do território de Gaza, e de forma temporária.

"Continuaremos até quebrar a capacidade de combate do inimigo, até derrotá-lo onde quer que operemos. Não podemos voltar a 7 de outubro. Temos dois objetivos principais pela frente: o retorno dos sequestrados e a derrota do Hamas", disse o Major-General Eyal Zamir, chefe do Exército israelense.

Fontes do Exército israelense afirmaram à agência de notícias Reuters que os palestinos serão deslocados para o sul do território. Deslocamentos forçados e em massa de pessoas, como já ocorreram diversas vezes durante a guerra, são criticados por órgãos humanitários e bilaterais, como a Cruz Vermelha e a ONU.

A nova ofensiva terrestre israelense em Gaza iniciou no mesmo dia em que o papa Leão XIV fez apelos novos por paz no mundo e mencionou o conflito em Gaza durante sua missa inaugural do papado.

''Na alegria da fé e da comunhão, não podemos esquecer nossos irmãos e irmãs que sofrem com as guerras. Em Gaza, crianças, famílias, idosos sobreviventes estão passando fome", afirmou o pontífice, em referência à ausência de ajuda humanitária entrando no território.

Desde o início do conflito, a operação militar israelense devastou Gaza, forçando quase todos os moradores a múltiplos deslocamentos forçados e causando uma crise humanitária. Segundo autoridades de saúde de Gaza, mais de 53 mil palestinos foram mortos pelo conflito, a maioria mulheres e crianças. Levantamento independente feito pela ONU também afirma que civis estão entre a maior parte dos mortos.

Veículos militares israelenses se movimentam na fronteira com a Faixa de Gaza

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