A diretoria da Volkswagen na Alemanha anunciou nesta quarta-feira (04/06) a adesão de cerca de 20 mil funcionários a um programa de demissão voluntária até 2030. Com isso, a maior automobilística da Europa está mais próxima de cumprir a meta de eliminar 35 mil postos de trabalho no país – hoje, a matriz alemã emprega 130 mil.
Após longas negociações, a VW chegou a um acordo com sindicalistas para melhorar o caixa. Os cortes serão viabilizados principalmente mediante acordos de aposentadoria precoce e programas de demissão voluntária, inclusive para funcionários jovens. A empresa também está oferecendo a redução da jornada semanal a funcionários próximos da aposentadoria.
A Volkswagen, que também é dona das marcas Audi, Skoda e Porsche, provocou uma comoção na Alemanha quando anunciou, no passado, que estava cogitando fechar fábricas no país – algo inédito na história da gigante automobilística.
A medida foi descartada após meses de difíceis negociações com sindicalistas, culminando nos acordos de demissão voluntária.
Apesar do anúncio desta quarta-feira, o diretor financeiro da marca, David Powels, ressaltou que a meta de economia ainda não foi atingida. O objetivo é tornar a empresa competitiva e sustentável até 2029, reduzindo a ociosidade das fábricas e aumentando a margem de lucro da VW, que tem baixa rentabilidade.
Segundo Powels, a VW investe demais e lucra pouco com seus carros elétricos. "Nossa chance agora é corrigir juntos esse desequilíbrio e voltar a operar de forma lucrativa."
A VW alemã sofre há anos com altos custos e capacidade ociosa em suas fábricas. Especialmente as unidades dedicadas exclusivamente aos carros elétricos, como Zwickau e Emden, registraram baixa demanda e tiveram que reduzir a produção.
Além disso, as vendas e os lucros da VW estão caindo na China – mercado mais importante do grupo –, já que concorrentes locais como a BYD estão ganhando espaço.
Por outro lado, na fábrica principal de Wolfsburg, onde atualmente são produzidos apenas veículos a combustão como o Golf e o Tiguan, a VW teve recentemente que implementar turnos extras. Isso porque, ao contrário dos carros elétricos, os modelos a combustão estão com boas vendas no momento.
Mas isso não deve durar, segundo a presidente do conselho de trabalhadores, Daniela Cavallo. Em relatório interno ao qual a agência de notícias dpa teve acesso, ela afirma que as vendas do Golf vão cair. "A tendência é de queda irreversível."
A produção global do modelo caiu de um milhão de unidades em 2015 para pouco mais de 300 mil em 2024, segundo esse mesmo relatório. Para 2025, a previsão era de 250 mil unidades.
Cavallo também alertou para problemas de capacidade produtiva a partir de 2027. A produção do Golf será transferida para o México, e Wolfsburg passará a fabricar uma versão elétrica do modelo. "A partir de 2027, uma semana de trabalho de quatro dias aqui não é um cenário improvável", afirmou ela, de acordo com participantes da reunião.
Cavallo aconselhou seus colegas na Volkswagen a assumirem turnos extras nas fábricas a fim de compensar futuras perdas salariais em caso de redução de jornada. "Temos que fazer economias agora para podermos recorrer a elas mais tarde."
Fábrica da VW em Wolfsburg pode adotar semana de 4 dias a partir de 2027
A reestruturação da fábrica da Volkswagen em Wolfsburg a partir de 2027 para dar lugar à produção exclusiva de veículos elétricos pode resultar em uma semana temporária de trabalho de quatro dias, disse a chefe do conselho de trabalhadores, Daniela Cavallo, nesta terça-feira (03).
Cavallo, uma figura central nas negociações dos trabalhadores com a montadora no ano passado sobre cortes de custos, disse que os sindicatos concordaram com a utilização mínima da capacidade para o período de transição, mas defendeu que os trabalhadores façam turnos extras no período de preparação para compensar a probabilidade de menos horas de trabalho nos próximos anos.
O acordo da Volkswagen firmado com os sindicatos em dezembro passado para cortar custos na Alemanha incluiu a transferência da produção do motor a combustão do Golf de Wolfsburg para o México a partir de 2027, o que gerou preocupação entre alguns funcionários da sede da montadora sobre o futuro da fábrica.
Cavallo procurou garantir aos trabalhadores na terça-feira que o futuro da fábrica estava em mãos mais seguras por meio de planos para produzir o Golf elétrico, bem como um sucessor do SUV compacto T-Roc, até o final da década.

Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
5 meses atrás
9
/https://s04.video.glbimg.com/x720/14073319.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/F/6/U6S7EQQpi2UleBtvjw4A/afp-jim-watson-mostra-o-presidente-dos-eua-donald-trump-e-em-washington-dc-em-9-de-julho-de-2025-e-o-presidente-venezuelano-nicolas-maduro-d-em-caracas-em-31-de-julho-de-2024..jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/M/e/UbDA9tShulKnsGKRGQrg/2025-11-05t194519z-2000226990-rc2iqhap1dn1-rtrmadp-3-usa-trump.jpg)

:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro