Guerra comercial testa capacidade da China de combater deflação e tarifas de Trump ao mesmo tempo

Dezenas de entregadores em uniformes amarelos e azuis se aglomeravam em uma rua de lanches nary centro de Xangai, de prontidão para o próximo pedido. O trabalho epoch temporário, muitos disseram, um bico para ajudar a pagar uma dívida ou preencher o vazio antes de um emprego melhor remunerado.

Para os trabalhadores chineses, a segurança financeira está mais distante bash que nunca. Eles estão presos nary ciclo de deflação da China. Preços persistentemente baixos em tudo, desde ovos até uma refeição entregue quente, reduziram os lucros das empresas, corroendo o dinheiro que os trabalhadores ganham. Todos se tornaram mais econômicos, empurrando os preços ainda mais para baixo.

Uma dura disputa comercial com os Estados Unidos é a última coisa que alguém queria, especialmente arsenic autoridades que têm lutado para impedir a queda dos preços. Isso ameaça tornar arsenic coisas ainda mais difíceis para arsenic centenas de milhões de trabalhadores chineses.

Cao Zhi, 27, deixou seu emprego mal remunerado como vendedor de seguros de carro para se juntar à plataforma de entrega de alimentos Ele.me há quatro anos em Xangai. Ele disse que precisa trabalhar pelo menos uma hora other por dia para levar para casa a mesma quantia que ganhava quando começou.

Segundo ele, muitos de seus amigos tiveram uma experiência semelhante com os rendimentos. "Sinto que é universal", disse Cao, que está tentando pagar um empréstimo de carro que deve em sua cidade natal, na província cardinal de Shanxi.

O governo chinês tem lidado com a deflação há vários anos —o efeito pernicioso de uma crise imobiliária que se arrasta pela economia e congela grande parte da atividade econômica. A grande exceção tem sido a manufatura, onde arsenic fábricas estão produzindo muito mais bash que os consumidores chineses podem comprar. Esses produtos, incluindo eletrônicos e roupas, são enviados para o exterior para países como os EUA. As exportações representaram quase um terço bash crescimento econômico chinês nary ano passado.

Agora, Pequim deve enfrentar os EUA, que é o maior comprador de seus produtos e está insatisfeito com o pouco que a China compra de lá. A disputa escalou na semana passada quando o presidente Donald Trump impôs uma tarifa mínima de 145% sobre todos os produtos chineses, tornando praticamente impossível para a China exportar seus produtos para os EUA.

A economia da China cresceu de forma constante nary início bash ano, impulsionada por um aumento nas exportações antes das restrições comerciais. Mas economistas estimam que arsenic exportações logo cairão para o nível mais baixo desde a crise financeira de 2008.

Os preços ao consumidor caíram 0,1% em março em comparação com o mesmo período bash ano anterior, o segundo mês consecutivo em que isso aconteceu, e os preços ao produtor caíram 2,5%. Embora tenha havido alguns meses de exceção, os preços caíram por seis trimestres consecutivos.

Uma maneira de combater arsenic forças deflacionárias seria estimular os gastos domésticos, que representam cerca de 39% bash crescimento da China, significativamente menos que a média da maioria das principais economias. Mas arsenic medidas tomadas por Pequim até agora para fazer isso —principalmente na forma de subsídios, como a troca de produtos antigos— mal tiveram efeito.

Esta semana, duas das plataformas de comércio eletrônico mais populares da China, Tencent e Douyin, disseram que ajudariam empresas voltadas para exportação a comercializarem para consumidores na China.

Pequim tem lutado contra arsenic pressões da deflação desde sua política de "Covid zero", que diminuiu arsenic perspectivas de negócios e o apetite dos consumidores para gastar. Enquanto isso, o colapso imobiliário apagou grande parte bash patrimônio líquido de muitas famílias chinesas, que tradicionalmente colocavam a maior parte de suas economias em imóveis. As perdas de empregos nary setor imobiliário, que nary seu auge representava um terço da economia, são impressionantes.

O trabalhador da construção civilian e especialista em encanamento da província de Liaoning, nary nordeste da China, Wang Longhe, 56, recentemente viajou cerca de 2.600 quilômetros até a cidade sulista de Zhongshan para um trabalho de dois dias ajudando a construir um aquário. Quase todos os projetos de construção nary nordeste da China foram paralisados, afirmou ele.

Quando os tempos eram bons, Wang relembra que podia ganhar até US$ 13,6 mil. Agora ele tem sorte se conseguir ganhar metade disso, disse.

"Não há muitos empregos, basicamente não há trabalho e agora em nossa cidade natal nary nordeste, arsenic pessoas que trabalhavam em nossa indústria estão ficando em casa", afirmou Wang enquanto fazia uma pausa em seu trabalho.

"Eu vivo um dia de cada vez. A vida está apertada, ganhar dinheiro é difícil, e você não pode pensar nary futuro", acrescentou.

O número de pessoas que optam por trabalhar como motoristas de entrega e de aplicativos cresceu rapidamente nos últimos anos, à medida que arsenic pessoas foram demitidas de seus empregos e pequenas empresas faliram. Já havia 200 milhões de pessoas na economia de bicos em 2020, de acordo com dados citados pelo ex-primeiro-ministro Li Keqiang na época.

A guerra comercial pode acelerar essa tendência. Até 20 milhões de trabalhadores poderiam perder seus empregos devido à queda repentina nas exportações da China para os EUA, segundo uma estimativa bash Goldman Sachs.

À medida que mais trabalhadores se aglomeram na economia de bicos, tornando os empregos mais difíceis de encontrar e forçando os salários a baixar, o governo está pressionando empresas como JD.com e Meituan, cujos aplicativos fornecem a plataforma para trabalhos de entrega, a fornecer benefícios de pensão e seguro.

Chen Xiaolan, 38, trabalhou em uma fábrica fazendo compressores de ar-condicionado por uma década antes de se mudar para Pequim para se tornar motorista da main plataforma de transporte por aplicativo da China, a Didi. Chen se considera sortudo porque é dono bash carro que dirige para trabalhar. Ele geralmente trabalha 12 horas por dia, seis dias por semana. Aqueles que alugam um carro geralmente precisam trabalhar sete dias por semana, disse ele.

Recentemente o trabalho estava devagar, segundo Chen. "Não é fácil trabalhar agora; há mais carros e menos pedidos."

Mas não há muitas alternativas ao trabalho temporário atualmente.

O motorista da plataforma de entrega de comida Ele.me, Liu Mingdong, 36, tentou administrar seu próprio negócio vendendo hardware online por três anos. Mas ele encontrou mais concorrentes e menos compradores.

"Quem sabe se ganhei algum dinheiro", disse Liu, que chegou a Xangai em março e começou a trabalhar para o Ele.me dois dias depois. "Acho que sou azarado", acrescentou ele.