O estudo provou que diversos fenômenos precisam acontecer ao mesmo tempo para elas se movimentarem. O primeiro deles é a formação de uma fina camada de gelo sobre a praia, o que acontece durante as geladas noites do deserto após uma chuva. Depois, é preciso que o sol da manhã derreta o gelo e que haja fortes ventos também nestas primeiras horas —eles ajudariam a fazer com que elas "escorregassem" pelo lago seco antes de a água evaporar.

Como o movimento é sutil e dura de alguns segundos a até 16 minutos, de acordo com o estudo, é possível que turistas já tenham presenciado a migração das rochas, mas não tenham percebido imediatamente. Também torna-se difícil notar que uma rocha está se movendo no meio do deserto se outras, ao seu redor, se movimentarem juntas. Mas toda esta beleza pode estar ameaçada.
O último movimento suspeito havia sido em 2006, então as rochas podem se movimentar apenas um milionésimo do tempo. Também há evidência que a frequência de movimento de rocha, o que parece exigir noites frias para formar o gelo, diminuiu desde os anos 70 graças às mudanças climáticas. Ralph Lorenz, um dos colaboradores do estudo e membro do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins

Toda a região da Racetrack Playa é, aliás, a combinação de uma maravilha geológica e meteorológica. As rochas de dolomita e sienito caem por ali das montanhas ao redor devido à erosão natural da cadeia, segundo o NPS. Toda a praia se formou há cerca de 10 mil anos, por volta do fim do último período glacial, quando mudanças climáticas (mais uma vez!) fizeram com que o lago evaporasse e deixasse para trás bastante lama, que se solidificou.
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro