A indústria eletroeletrônica do Rio Grande do Sul encerrou julho em um cenário de sinais mistos, mas sem perder a confiança no futuro próximo. A mais recente sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) mostrou que, embora os gargalos sigam relevantes - como juros altos, custos de insumos e dificuldades de financiamento, mais da metade das empresas ainda projeta crescimento em 2025.
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A indústria eletroeletrônica do Rio Grande do Sul encerrou julho em um cenário de sinais mistos, mas sem perder a confiança no futuro próximo. A mais recente sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) mostrou que, embora os gargalos sigam relevantes - como juros altos, custos de insumos e dificuldades de financiamento, mais da metade das empresas ainda projeta crescimento em 2025.
O levantamento revelou que 32% das empresas registraram aumento nas vendas e encomendas em julho, contra 36% em junho. Por outro lado, houve queda nos relatos de retração: de 45% para 37%. Também diminuiu o número de companhias que ficaram abaixo das próprias expectativas, passando de 59% para 44%.
“O cenário de curto prazo indica uma tentativa de estabilização após um período mais negativo. A redução significativa nas empresas com desempenho abaixo do esperado sugere que o setor pode estar encontrando um piso, ainda que sob pressão de custos e juros”, avalia Régis Haubert, diretor regional da Abinee-RS.
No comércio exterior, os resultados também foram discretamente melhores. As exportações cresceram para 42% das empresas, ante 40% na sondagem anterior. Já a situação dos estoques manteve relativa normalidade: 63% das companhias reportaram equilíbrio em matérias-primas e 56% em produtos finais. O nível de utilização da capacidade instalada permaneceu em 77%.
As dificuldades para acesso a financiamento de capital de giro saltaram de 29% para 38% das empresas. Já a pressão de custos em componentes e matérias-primas foi relatada por 53%. “É um problema majoritariamente conjuntural, ligado à inflação global e à instabilidade nas cadeias de suprimentos. No entanto, a dependência de importações de alguns insumos amplia o impacto dessas pressões externas”, complementa Haubert.
No plano internacional, um fator novo pesa sobre o setor: as tarifas adicionais de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Para empresas exportadoras, como a Novus Produtos Eletrônicos, de Canoas, o impacto é direto. “A Novus tem praticamente 10% de sua receita proveniente das exportações para os EUA, e essa receita hoje está sob ameaça. Além disso, clientes brasileiros que fornecem proteína animal para aquele mercado também retraíram investimentos, o que reduz nossa demanda aqui dentro”, explica o CEO Marcos Dillenburg.
Para lidar com o cenário adverso, a empresa antecipou exportações antes da vigência das novas tarifas americanas e reforçou estoques nos EUA. “Foi uma saída emergencial, mas que gerou efeitos colaterais, como estoques acima do normal. Ainda assim, seguimos confiantes de que 2025 será de crescimento, embora em patamares menores que o projetado inicialmente”, diz o executivo.
Na avaliação da Abinee, o otimismo de 53% das empresas que preveem expansão no próximo ano se deve a uma visão de médio prazo.
“As companhias se adaptaram, esperam uma redução gradual da taxa de juros e uma recuperação do mercado interno. Ainda é cedo para falar em retomada sustentada, mas já há sinais de alívio”, aponta Haubert.
Indicadores do setor em julho
Vendas e encomendas
- 32% empresas registraram aumento
- 37% retração (em junho eram 45%)
Expectativas x realidade
- 44% abaixo das expectativas (em junho eram 59%)
Capacidade instalada
- 77% de utilização
Exportações
- 42% das empresas tiveram crescimento (40% em junho)
Estoques
- Matérias-primas e componentes: 63% normalidade
- Produtos finais: 56% normalidade
Financiamento (capital de giro)
- 38% relataram dificuldades (29% em junho)
Custos de insumos
- 53% sentiram aumento em componentes e matérias-primas
Projeções para 2025
- 53% crescimento
- 26% estabilidade
- 21% retração
Fonte: Abinee Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

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