O mercado automotivo gaúcho voltou a apresentar retração, em agosto, após um mês de julho com recorde de vendas no ano. De acordo com dados do Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos no Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS), no mês passado, o setor registrou 14.947 vendas, uma queda de 9,19% em relação a julho, quando foram emplacadas 16.459 unidades.
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O mercado automotivo gaúcho voltou a apresentar retração, em agosto, após um mês de julho com recorde de vendas no ano. De acordo com dados do Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos no Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS), no mês passado, o setor registrou 14.947 vendas, uma queda de 9,19% em relação a julho, quando foram emplacadas 16.459 unidades.
Para o presidente do Sindicato, Jefferson Furstenau, o cenário de diminuição das vendas de veículos pode ser explicado pelas retrações no agronegócio e pela desaceleração do ritmo da indústria. “Quando o agro não vai bem, boa parte dos setores da economia do Estado também não vai bem. A sensação é que, desde março, o fôlego dos investimentos do pós-enchente feitos no RS diminuiu, o que impactou o setor automotivo gaúcho, que passou a crescer menos na comparação com o País”, explica.
O segmento com o desempenho mais preocupante, na avaliação de Furstenau, foi o de comerciais leves, que, em agosto, registrou 1.749 emplacamentos, uma queda de 15,26% na comparação com o mês anterior. “É uma retração muito grande, que nos deixou uma dúvida: se é o mercado que vem caindo, o agro que está fazendo com que o setor venda menos comerciais leves ou o consumidor que estava na expectativa pelas vendas deste segmento na Expointer”, conta o presidente do Sincodiv-RS.
No que diz respeito à venda de automóveis, a queda de 9,62% está relacionada, entre outros fatores, às mudanças estruturais pelas quais passou o segmento. “O mercado de automóveis se tornou quase que um segmento premium, porque não são mais vendidos tantos carros populares, mesmo com a diminuição dos impostos para carros mais baratos feita pelo governo”, explica Furstenau.
Segundo ele, também são obstáculos para este segmento a restrição de crédito e o alto nível da taxa Selic, que ainda se encontra no patamar de 15%. “Se o consumidor conseguisse fazer um financiamento de 50% do valor de um veículo, o mercado apresentaria crescimento. Mas, neste momento, o custo do dinheiro está muito alto para que o setor cresça”, conta.
A queda nas vendas de implementos rodoviários também foi influenciada pela alta do crédito, além da retração do agronegócio e da diminuição nas vendas de caminhões. “Com o agro mais fraco, não existe a necessidade do produtor atualizar os seus implementos rodoviários. Este segmento também sofreu o impacto do fim da isenção do ICMS para a compra de caminhões no RS para quem perdeu os veículos na enchente”, explica. Em agosto, foram vendidas 382 unidades deste segmento, contra 473 em julho, o que representou uma diferença de 19,24%.
O segmento de eletrificados, por sua vez, apresentou, em agosto, o melhor resultado mensal neste ano, mas o ritmo de crescimento foi menor. O aumento nas vendas entre agosto e julho foi de 14,70%, contra 16,79% entre julho e junho. A taxa de crescimento foi somente a quarta maior em 2025.
Para Furstenau, a perspectiva de crescimento de 5% para o ano de 2025, traçada pelo mercado automotivo do RS, talvez não seja realizada. “Considerando as quedas consecutivas em relação ao mercado brasileiro, o setor vê como positivo um crescimento de 2% ao final do ano”, completa.

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