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Cid diz que Michelle 'quase pirou' ao ver saída da mudança do Alvorada em 2022; veja vídeo

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou, em depoimento à Polícia Federal no seu acordo de delação premiada, que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entrou em pânico quando sua mudança saiu do Palácio da Alvorada no fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL), em 2022.

Segundo ele, Michelle dizia às pessoas envolvidas na trama golpista para manter Bolsonaro no poder que eles "tinham que fazer alguma coisa".

"Desespero de mulher, né. Quando ela viu a mudança dela saindo, ela quase pirou. [Entrou em] Pânico", afirmou Cid, em depoimento concedido em agosto de 2023.

"Ela falava [para nós]: 'tinha que fazer alguma coisa, tinha que fazer alguma coisa'", disse.

A declaração aparece em um dos vídeos liberados por Moraes nesta quinta-feira (20) com os depoimentos da colaboração de Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro.

Ele está no centro das investigações que resultaram na denúncia contra o ex-presidente no caso da trama golpista.

Cid afirmou no primeiro depoimento de sua colaboração premiada que a ala "mais radical" do grupo que defendia um golpe de Estado no Brasil no final de 2022 incluía a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A transcrição do depoimento diz que "tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado, afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs [colecionadores, atiradores desportivos e caçadores] para dar o golpe".

A delação de Cid é uma das bases da denúncia contra Bolsonaro apresentada na terça-feira (18) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado, após perder as eleições de 2022, para impedir a posse de Lula (PT).

Bolsonaro foi acusado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de praticar os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa.

Somadas, as penas máximas chegam a 43 anos de prisão, sem contar os agravantes, além da possibilidade de ele ficar inelegível por mais tempo do que os oito anos pelos quais foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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