Quando a colaboração do tenente-coronel Mauro Cid trata do comportamento de Jair Bolsonaro na trama golpista, revela sua alma política. É no caso das joias sauditas que surge a alma doméstica do ex-capitão, encrencado no Exército porque meteu-se num garimpo e comerciava bolsas fabricadas com material de paraquedas.
Tratando dos presentes recebidos na Arábia Saudita, Mário Cid contou:
"Ele pediu para verificar quais seriam os presentes que poderiam ter algum valor. A maneira mais fácil de quantificar seria pelos relógios, por causa da marca e tudo. Então eu fiz um levantamento. e (...) a gente viu qual relógio poderia ser quantificado, qual podia ter realmente algum valor. Nessa relação, o Rolex estava entre eles. Apresentei essa lista [ao presidente] e ele falou: 'pô, bicho, vamos tentar vender isso aí?
(...)
Eu falei: o problema é a exposição midiática, não é ilegal, mas vai acabar sendo imoral. E se vaza vai dar problema: "Não, bicho, vê lá quanto dá isso aí".
Deu no que deu.
Alexandre de Moraes
De um sábio, que conhece o ministro Alexandre de Moraes: "Quem está lidando com ele deve lembrar que, desafiado, Alexandre dobra a aposta".
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