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Encontro em Rio Grande discutirá energia eólica offshore e nearshore

O elevado potencial para a geração de energia eólica offshore (no mar) e nearshore (em lagoas) no Rio Grande do Sul tem feito esse assunto ser amplamente debatido no Estado. O próximo evento a tratar desse tópico, promovido pelo Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), será um seminário que acontecerá no Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMAR), em Rio Grande, na terça-feira (31), das 8h30min às 17h30min.

A diretora de Operações e Sustentabilidade do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, lembra que já é a segunda reunião na cidade da Metade Sul neste ano para tratar do tema. Até essa quinta-feira (26), já tinham sido registradas 87 inscrições para participar do evento. É esperado um público diverso, com empreendedores, acadêmicos, comunidade local, pescadores, ambientalistas, representantes do poder público, Fórum da Lagoa dos Patos, Marinha do Brasil, museu oceanográfico, entre outros.

Para se ter uma ideia do potencial da geração eólica offshore no Rio Grande do Sul, até julho havia tramitando no Ibama, buscando licenciamento ambiental, 24 projetos desse tipo a serem instalados no Estado. Esses complexos somam capacidade de 61.719 MW (o maior volume registrado até agora no País). O número é imensamente superior aos cerca de 1,8 mil MW eólicos onshore (em terra) que totalizam a capacidade instalada operando atualmente em solo gaúcho

As lagoas do Estado também apresentam vocação para essa produção de energia. Segundo dados preliminares do governo gaúcho, o potencial da Lagoa dos Patos para a geração eólica é de até 24,5 mil MW, enquanto as lagoas Mirim e Mangueira teriam capacidade, respectivamente, para 7,3 mil MW e 2,1 mil MW. No entanto, a possibilidade de implantar aerogeradores nesses locais ainda enfrenta muita oposição de pescadores e ambientalistas.

Daniela argumenta que a comunicação e a divulgação de informações são essenciais para que se possa superar eventuais restrições à geração eólica nearshore. “Não é um modelo novo, não está sendo inventada a roda”, frisa a integrante do Sindienergia-RS. Ela comenta que a Holanda é um país que possui experiência nessa área e o sindicato está tratando com a embaixada e com a agência de fomento daquele país a formatação de duas missões gaúchas para visitar empreendimentos nearshores, no próximo ano, que operam naquela nação europeia. Além disso, em 2024 mais três seminários serão feitos no Rio Grande do Sul, nas regiões dos litorais Sul, Médio e Norte, para tratar das gerações eólica nearshore e offshore.

Ainda no campo da energia, estava prevista até o final deste mês de outubro a chegada ao porto de Rio Grande de 20 pás eólicas que serão usadas na construção do Parque Eólico Coxilha Negra da CGT Eletrosul, em Santana do Livramento. No entanto, conforme a assessoria de imprensa da Portos RS, a nova estimativa é que os equipamentos, que saíram do porto de Pecém, no Ceará, entrem no Rio Grande do Sul até 9 de novembro. 

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