O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, alertou para ameaças às instituições democráticas que surgem em momentos de crise em evento com o Ministério da Defesa nesta sexta-feira (21).
O banco de fomento e a pasta assinaram um acordo para restaurar o Monumento aos Pracinhas, no Rio de Janeiro, em ato que contou com a participação de integrantes das Forças Armadas.
As declarações ocorrem em um contexto em que integrantes das Forças Armadas foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por participarem de uma suposta trama golpista liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em seu discurso, Mercadante elogiou a atuação da FEB (Força Expedicionária Brasileira) durante a Segunda Guerra Mundial e citou a batalha de Monte Castello, na Itália.
"Ao comemorar a vitória em Monte Castello, comemoramos sobretudo a vitória da democracia e dos valores fundamentais da nossa civilização contra as forças da barbárie e do horror do nazismo e do fascismo e de todos aqueles que atentam contra as instituições democráticas, que atentam contra a liberdade irrigada com o sangue derramado dos pracinhas", afirmou.
"Comemoramos um compromisso democrático que tem que ser eterno, absolutamente e incorruptível. Ou se está com a democracia ou não se está", complementou.
Mercadante defendeu ainda que é preciso atenção a momentos de crise e incertezas, como o que precedeu a Segunda Guerra Mundial e o que se desenha atualmente.
Segundo ele, nesse contexto as ameaças à democracia ganham ímpeto em parcelas da sociedade. "Nelas, a esperança se esvai e o ódio predomina. Pede-se o apreço pelas lições democráticas, se valorizam supostos heróis candidatos a ditadores."
No discurso, o presidente do BNDES afirmou ainda que o Brasil precisa "mais do que nunca" de Forças Armadas "empenhadas na defesa dos valores democráticos, da soberania nacional e do desenvolvimento do país."
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