O pedido de indiciamento da Polícia Federal contra acusados de participarem de uma tentativa de golpe de Estado deixou de fora uma peça relevante na ação do PL para tentar questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Eder Balbino chegou a ser citado por Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, como "um gênio lá de Uberlândia", em referência à cidade onde mantinha sua empresa.
Ele foi contratado pelo Instituto Voto Legal para dar suporte técnico ao relatório com as identificações de urnas na eleição de 2022. Forneceu um banco de dados gigantesco que incluiu dados das urnas do país.
Com base nessas informações, o PL, contratou o Instituto Voto Legal, afirmou que urnas fabricadas antes de 2020 e usadas na eleição seriam menos confiáveis do que as mais recentes.
O presidente do IVL, Carlos Rocha, está na lista de indiciados pela PF. O material de Balbino também foi usado em lives contra as urnas pelo argentino Fernando Cerimedo, outro indiciado.
Em relatório divulgado em fevereiro deste ano para embasar uma das operações do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, chegou a dizer que Balbino era parte de um "grupo criminoso para amplificação das falsas narrativas que construíram e replicavam acerca do sistema eleitoral brasileiro".
Em depoimento posterior à PF, no entanto, Balbino declarou que fez apenas um trabalho técnico de reunir dados e que não viu fraude na eleição de 2022.
A exclusão dele da lista de indiciados foi vista como positiva por alguns dos acusados no inquérito, uma vez que poderia significar uma porta para que as acusações contra pessoas de perfil mais técnico também sejam derrubadas.
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro