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Geração distribuída tem expansão próxima a de grandes usinas

Quando se compara uma enorme hidrelétrica ou um gigantesco parque eólico com um pequeno sistema fotovoltaico instalado no telhado de uma casa pode se pensar que há muita diferença entre essas usinas. Mas, se for levada em conta a expansão registrada pelas duas soluções no ano passado, a geração distribuída (em que o consumidor produz sua própria energia, na maioria das vezes através da fonte solar) e os empreendimentos de grande porte tiveram desempenhos não tão distantes em 2023.

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Quando se compara uma enorme hidrelétrica ou um gigantesco parque eólico com um pequeno sistema fotovoltaico instalado no telhado de uma casa pode se pensar que há muita diferença entre essas usinas. Mas, se for levada em conta a expansão registrada pelas duas soluções no ano passado, a geração distribuída (em que o consumidor produz sua própria energia, na maioria das vezes através da fonte solar) e os empreendimentos de grande porte tiveram desempenhos não tão distantes em 2023.

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), enquanto a produção de usinas de maior porte cresceu cerca de 10,3 mil MW no ano passado, a geração distribuída teve um incremento de 7,4 mil MW no mesmo período (o que representa mais de 70% do resultado obtido pelos complexos que abastecem ao mercado livre, formado por grandes consumidores, e às distribuidoras, chamado de ambiente cativo). Conforme o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, no total de 2023, o setor de geração distribuída fechou com uma capacidade instalada de aproximadamente 26 mil MW, crescimento de 41% em relação a 2022. Desse volume, mais de 25 mil MW eram oriundos da fonte solar.

Para 2024, se não houver alterações drásticas nos campos político, econômico e regulatório, Evangelista estima que o segmento deve evoluir de 30% a 40%. “A tendência é de que a geração distribuída continue a crescer a taxas galopantes, não somente no Brasil, mas no mundo inteiro”, projeta. Ele ressalta que a energia solar, por exemplo, que é a principal responsável pela ampliação da geração distribuída, é muito impulsionada pela redução de custos, evolução tecnológica e incentivos. Outra vantagem citada pelo integrante da ABGD é que as usinas de geração distribuída têm menores impactos ambientais, o que facilita a implantação do empreendimento.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Aurélio Madureira, também reforça que a geração distribuída tem crescido de uma maneira exponencial. Porém, ele frisa que esse fenômeno implica impactos no mercado cativo, atendido pelas concessionárias. O dirigente comenta que quando um consumidor opta pela geração distribuída ele tem abatimento de custo quanto ao uso do sistema elétrico, tanto na área de transmissão como de distribuição. “Isso termina onerando os consumidores do mercado regulado”, afirma o presidente da Abradee.

Ele assinala que não tem questionamentos quanto ao processo envolvendo a migração para a geração distribuída, no entanto o apontamento feito por Madureira é quanto aos custos maiores que os clientes do mercado regulado acabam arcando para sustentar o serviço da rede elétrica. O dirigente enfatiza que há um subsídio muito elevado para a geração distribuída, que acaba pesando nos consumidores que não adotaram essa solução, muitas vezes pessoas com poder aquisitivo menor, que não conseguem comprar sistemas fotovoltaicos.

Por sua vez, o presidente da ABGD admite que é um desafio para todo o setor elétrico administrar o ingresso crescente de volumes da geração distribuída na rede elétrica. “Mas, o fato de ser um desafio, não quer dizer que seja um impedimento”, argumenta Evangelista.

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