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Inadimplência recua em novembro e é menor desde março no RS

Uma das pedras no sapato do varejo em 2023, a inadimplência começa a ceder e tem segundo mês consecutivo de recuo no Rio Grande do Sul. Os dados apurados no Indicador de Inadimplência CDL Porto Alegre (CDL-POA) para novembro mostram a menor taxa desde março deste ano. O Estado registra 30,43% da população acima de 18 anos com atrasos, 0,1 ponto menos que outubro, e 33,25% do contingente em Porto Alegre, 0,25 ponto percentual abaixo.

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Uma das pedras no sapato do varejo em 2023, a inadimplência começa a ceder e tem segundo mês consecutivo de recuo no Rio Grande do Sul. Os dados apurados no Indicador de Inadimplência CDL Porto Alegre (CDL-POA) para novembro mostram a menor taxa desde março deste ano. O Estado registra 30,43% da população acima de 18 anos com atrasos, 0,1 ponto menos que outubro, e 33,25% do contingente em Porto Alegre, 0,25 ponto percentual abaixo.

Mesmo com queda, a CDL-POA alerta que o patamar do indicador ainda é elevado. "Na comparação com o mesmo mês de 2022 (29,42% no Estado e 31,76% na Capital)", confronta a entidade lojista, em nota. Pelos percentuais, a estimativa é que 2,61 milhões de gaúchos e 357,4 mil porto-alegrenses estão negativados. A queda se traduz em menos 8,58 mil pessoas no território gaúcho e 2,69 mil na Capital que deixaram a condição de inadimplente.

Desemprego em baixa e inflação menos, num processo também de deflação de preços de segmentos como alimentos, ao longo do ano, são apontados pelo economista-chefe da CDL-POA, Oscar Frank, como fatores positivos para "o declínio lento e gradual observado na inadimplência da população".

"Como a política monetária opera com defasagem sobre a economia, os impactos do movimento iniciado em agosto ainda produzirão consequências em meados de 2024, que se somarão posteriormente aos efeitos dos cortes determinados pelo Copom", complementa Frank, na nota.

O economista-chefe vê ainda efeitos na inadimplência do programa Desenrola Brasil. A fase dois, de outubro até começo de dezembro, teria atingido 90,3 mil contratos de 41,6 mil CPF no Estado, diz a entidade. O impacto foi de redução de passivo dos contratos de R$ 212,1 milhões para R$ 29,9 milhões, com desconto médio de 86%, nas negociações gaúchas. Na Capital, as repactuações somaram R$ 40,4 milhões, com corte de R$ 5,3 milhões.

Frank anota que a prorrogação do Desenrola até março de 2024 e o atual ciclo de redução da Selic são os "vetores positivos para o futuro". No cenário regional, o economista cita ainda projeção de recomposição do PIB, com maior safra de grãos e da indústria também terão impacto para recuo dos atrasos, mas sem "baixa vertiginosa nem regular da inadimplência", atenta o assessor da CDL-POA.

Em entrevista à coluna Minuto Varejo, a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patricia Palermo, reforça este quadro de cuidado sobre padrão de pagamentos e gestão de dívidas no ano que vem. Patricia indicou que é preciso manejar a contração de financiamentos com patamar ainda alto de juros e incertezas sobre política fiscal e até mesmo comportamento da economia externa.

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