Pela primeira vez na história, a Argentina não foi o principal mercado das exportações brasileiras de veículos. Esse posto, em 2023, coube ao México. No ano passado, foram comercializadas para o país do Hemisfério Norte 135.779 unidades, o que representou 32% do total das vendas externas do Brasil nesse setor. Já a Argentina absorveu 27% das exportações, com a compra de 114.576 veículos (uma queda de 16% em relação às aquisições feitas em 2022).
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Pela primeira vez na história, a Argentina não foi o principal mercado das exportações brasileiras de veículos. Esse posto, em 2023, coube ao México. No ano passado, foram comercializadas para o país do Hemisfério Norte 135.779 unidades, o que representou 32% do total das vendas externas do Brasil nesse setor. Já a Argentina absorveu 27% das exportações, com a compra de 114.576 veículos (uma queda de 16% em relação às aquisições feitas em 2022).
Os números foram apresentados nesta quarta-feira (10) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “A Argentina continua importante para o Brasil, de grande relevância, mas ela perdeu a sua competitividade em relação a outros anos”, frisa o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite. Ele acrescenta que o contexto não significa que o Brasil esteja perdendo espaço percentualmente na participação no mercado do país vizinho, mas sim que aquele mercado vem encolhendo.
O global das exportações brasileiras no ano passado foi de 403,9 mil veículos, contra 480,9 mil no período anterior. Leite admite que ainda não há um cenário claro quanto a como será o comportamento das vendas externas em 2024. Contudo, a previsão inicial é que a comercialização para o México continue crescendo e para a Argentina caindo (uma redução estimada na casa de 20%).
De uma maneira geral, a produção total do Brasil de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) teve um recuo de 1,9% em 2023, ficando em 2.325 unidades. A fabricação de veículos leves chegou a crescer 1,3%, entretanto o resultado final foi impactado pelo desempenho da produção de veículos pesados, que diminuiu 37,5%. Já as vendas de veículos atingiram no ano passado 2.309 unidades, contra 2.104 emplacamentos realizados em 2022.
No campo de automóveis e comerciais leves elétricos e híbridos, no ano passado foram emplacadas 19,3 mil unidades elétricas e 74,6 mil híbridas (somados os resultados, o desempenho desse segmento apresentou uma alta de 91% em comparação a 2022). Para 2024, a Anfavea projeta que será ultrapassado o patamar de 100 mil vendas, alcançando algo próximo a 142 mil.
Ainda para esse ano, a expectativa da Anfavea é que sejam produzidos 2.470 veículos (alta de 6,2% em relação a 2023), emplacados 2.450 (crescimento de 6,1%) e atingida uma exportação de 407 mil unidades (incremento de 0,7%). Segundo Leite, uma ação que deve beneficiar e nortear o setor nos próximos cinco anos, pelo menos, será o programa nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que tem como meta aumentar as exigências de sustentabilidade da frota automotiva, estimular a propagação de novas tecnologias e atrair investimentos.
“Não tem país no mundo com um programa tão bem realizado como esse”, elogia o presidente da Anfavea. A iniciativa foi formatada por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 30 de dezembro passado. O incentivo fiscal para que as empresas invistam em descarbonização e se enquadrem nos requisitos obrigatórios do programa será de R$ 3,5 bilhões em 2024, R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028, valores que deverão ser convertidos em créditos financeiros. O programa alcançará, no final, mais de R$ 19 bilhões em créditos concedidos. Leite lembra que a matéria ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.
Exportações de veículos a partir do Brasil – principais destinos em 2023:
México – 135.779 unidades/Participação no total – 32%
Argentina – 114.576 unidades/Participação no total – 27%
Colômbia – 35.280/Participação no total – 8%
Uruguai – 34.757 unidades/Participação no total – 8%
Chile – 26.820 unidades/Participação no total – 6%
Peru – 20.131 unidades/Participação no total – 5%
Fonte: Anfavea
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