O ministro da Casa Civil, Rui Costa, atribuiu nesta quinta-feira (5) ao imbróglio envolvendo as emendas parlamentares o placar apertado na aprovação dos primeiros requerimentos de urgência para as propostas do pacote de contenção de gastos do governo Lula (PT).
Rui Costa admitiu que há uma "instabilidade" com a questão das emendas parlamentares e uma "insatisfação" no Congresso Nacional
"A votação reflete também uma instabilidade com a questão das emendas parlamentares, todos sabem disso. Até então as emendas estavam totalmente bloqueadas e há uma insatisfação parlamentar sobre a não-execução das emendas em função do bloqueio por decisão judicial", afirmou o ministro.
"Só essa semana tivemos o desbloqueio parcial ou condicionado das emendas. Então acho que a votação apertada é muito reflexo disso. Vamos intensificar o diálogo", completou.
As declarações foram dadas após sessão de abertura do seminário A Realidade Brasileira e os Desafios do Partido dos Trabalhadores, que está sendo organizado pelo partido em Brasília. Serão dois dias de debates, mas que não contarão com a presença do presidente Lula.
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (4), os primeiros requerimentos de urgência para dois dos projetos do pacote de corte de gastos do governo Lula (PT) —que corre contra o tempo para tentar viabilizar que todas as propostas sejam aprovadas até o fim do ano.
Tiveram urgência aprovada o projeto de lei complementar que submete novas despesas ao arcabouço fiscal e o projeto de lei ordinária do pente-fino no BPC (Benefício de Prestação Continuada). A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para tratar dos supersalários ainda não começou a avançar.
O projeto de lei complementar teve urgência aprovada por 260 votos — eram necessários 257.
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