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Safra gaúcha cresce 8,1%, mas Valor Bruto da Produção cai 10,6% em 2023

Sob forte impacto do El Niño, a agricultura gaúcha chega ao final de 2023 com uma produção de 28,4 milhões de toneladas, volume 8,1% superior ao verificado nos 12 meses anteriores. Os resultados nas principais culturas, porém, estão longe de serem comemorados, bastante abaixo da média. No balanço do ano feito nesta terça-feira (19) pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a queda nos preços das commodities apareceu como elemento para justificar a redução de 10,6% no Valor Bruto da Produção agropecuária em relação a 2022, ficando em R$ 58,6 bilhões.

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Sob forte impacto do El Niño, a agricultura gaúcha chega ao final de 2023 com uma produção de 28,4 milhões de toneladas, volume 8,1% superior ao verificado nos 12 meses anteriores. Os resultados nas principais culturas, porém, estão longe de serem comemorados, bastante abaixo da média. No balanço do ano feito nesta terça-feira (19) pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a queda nos preços das commodities apareceu como elemento para justificar a redução de 10,6% no Valor Bruto da Produção agropecuária em relação a 2022, ficando em R$ 58,6 bilhões.

Conforme o presidente da entidade, Gedeão Pereira, 2023 foi um ano de “enormes desafios”, mas 2024 deverá ser mais promissor. A entidade acredita que a produção de grãos possa crescer cerca de 30% no próximo ano, em um avanço apoiado na tendência climática com maior precipitação. Os destaques vão para a soja, que pode render 19,5 milhões de toneladas, e o milho, com 5 milhões de toneladas.

No campo das relações políticas, entretanto, a entidade não esconde sua preocupação com invasões de terras promovidas pelo MST e outros temas colocam o agronegócio em rota de colisão com o governo federal. “Podemos discutir tudo. Mas o campo não funciona com insegurança jurídica sobre direito à propriedade. Isso é inegociável”, disse Pereira.

O dirigente, que salientou ter uma ótima relação com o vice-presidente Geraldo Alckmin e um diálogo eficiente com áreas técnicas de determinados setores do governo, com ênfase para as exportações, não escondeu que a situação é bem diferente em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “Por tudo que fazemos e produzimos, pelos resultados que entregamos e pela relevância mundial que temos, não deveríamos passar por situações constrangedoras como certas discussões sobre temas ambientais, o marco temporal para demarcação das terras indígenas e outros enfrentamentos”.

Gedeão Pereira criticou a criação do que chamou de “confrontos ambientais” em um país que usa apenas 22% de seu território para fazer uma das maiores agriculturas do mundo. E, no Estado, destacou a necessidade de avançar sobre a irrigação de áreas para a atividade agropecuária, os rumos do Bioma Pampa e da discussão sobre a questão tributária.

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