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Secretário anunciado por Nunes pode ser dispensado sem ter sido nomeado

Anunciado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) como secretário-executivo de Desestatização, Luiz Fernando Machado, ex-prefeito de Jundiaí, não foi nomeado até o momento e pode nem assumir o cargo.

O principal motivo é o atrito da gestão Nunes com o vereador Lucas Pavanato, colega de partido de Machado no PL.

A pasta, atualmente subordinada à secretaria de Governo, foi destinada ao PL na distribuição de cargos entre os partidos da base aliada de Nunes. A sigla tem a vice, com o coronel Ricardo Mello Araújo, e a secretaria de Meio Ambiente, com Rodrigo Ashiuchi, ex-prefeito de Suzano.

Machado chegou a participar da primeira reunião de secretariado do novo mandato de Nunes, em 2 de janeiro, identificado como secretário-executivo de Desestatização.

No entanto, desde então a relação do prefeito com Pavanato, vereador mais votado da atual legislatura, entrou em crise e gerou a suspensão da nomeação de Machado, que, na avaliação de interlocutores de Nunes, provavelmente nem acontecerá mais.

No site da prefeitura e no Diário Oficial, o secretário-executivo de Desestatização segue sendo Clodoaldo Pelissioni.

Nunes cobra do PL mais apoio na Câmara Municipal de São Paulo, principalmente após o anúncio de Pavanato de que não fará parte da base do prefeito e atuará de maneira independente. Secretários de Nunes afirmam que o vereador tem feito mais oposição à gestão do que partidos como PT e PSOL.

O vereador também se desentendeu com o vice-prefeito, coronel Mello Araújo, em reunião em que tratavam da indicação de um nome por Pavanato para comandar a subprefeitura de Pinheiros. Com a briga, coube à vereadora Zoe Martinez (PL) escolher o subprefeito da região.

Segundo apurou o Painel, dirigentes do PL e o próprio Machado conversaram mais de três vezes com Pavanato para tentar dissolver o conflito, mas não tiveram sucesso até o momento.

A dificuldade do PL em garantir apoio de seus vereadores a Nunes apareceu já na primeira sessão da Câmara em 2025. Na ocasião, a bancada rachou na votação a respeito da composição da Mesa Diretora da Casa.

Dos sete vereadores da legenda, apenas quatro votaram no petista Helio Rodrigues para ocupar a primeira secretaria da Câmara, seguindo acordo entre as siglas que vigora há anos: Isac Félix, Gilberto Nascimento Junior, Sandra Tadeu e Rute Costa.

Pavanato, Sonaira Fernandes e Zoe Martinez se posicionaram contrariamente, descumprindo o acerto entre a base do prefeito e o PT —que, com base no acordo, votou unanimemente em Ricardo Teixeira (União Brasil) para a presidência da Câmara.

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