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Sindienergia-RS retomará debate de geração eólica em lagoas

Apesar do grande potencial da produção de energia eólica em lagoas no Estado, esse tema tem motivado discussões, principalmente, quanto aos impactos que essas usinas poderiam representar em atividades tradicionais como a pesca artesanal. No entanto, a presidente do Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Daniela Cardeal, defende que é possível conciliar essas práticas e que é preciso ampliar as informações e os esclarecimentos sobre a chamada geração nearshore.

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Apesar do grande potencial da produção de energia eólica em lagoas no Estado, esse tema tem motivado discussões, principalmente, quanto aos impactos que essas usinas poderiam representar em atividades tradicionais como a pesca artesanal. No entanto, a presidente do Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Daniela Cardeal, defende que é possível conciliar essas práticas e que é preciso ampliar as informações e os esclarecimentos sobre a chamada geração nearshore.

Daniela tomou posse oficialmente nessa terça-feira (23) como presidente do Sindienergia-RS para o período de 2024-2027. Ela enfatiza que a sua gestão promoverá a continuidade das ações que a anterior já trabalhava, além de aprofundar alguns tópicos. Entre esses assuntos, a dirigente cita a descarbonização da indústria, capacitação de mão de obra, mercados livre e regulado de energia e geração distribuída.

Ainda sobre a geração nearshore, Daniela adianta que será montado um programa específico para abastecer de dados e aprofundar mais as questões da produção eólica em lagoas. Conforme ela, é viável conciliar o meio ambiente e a atividade pesqueira com a geração de energia. “As lagoas gaúchas são muito grandes e é possível fazer bons projetos em áreas que não vão causar conflitos”, afirma a presidente do Sindienergia-RS.

De acordo com informações preliminares do governo do Rio Grande do Sul, o potencial da Lagoa dos Patos para a geração eólica é de até 24,5 mil MW, enquanto as lagoas Mirim e Mangueira teriam capacidade, respectivamente, para 7,3 mil MW e 2,1 mil MW. A soma dessas capacidades significa cerca de dez vezes a demanda média de energia no Estado e implicaria um investimento de mais de R$ 70 bilhões.

O secretário adjunto de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli, presente na cerimônia de posse da nova presidente do Sindienergia-RS, recorda que já houve uma audiência pública para iniciar o debate sobre a geração eólica nearshore. “Obviamente a secretaria vem se posicionando e continuará se posicionando pelo diálogo”, comenta Camardelli.

Ele diz que está sendo formatado um Termo de Referência para fazer um estudo mais detalhado das lagoas e analisar as regiões que têm vocação para geração de energia, com menor impacto. “Em que pese que pode ser um tema com potencial de conflito, também é uma geração limpa”, aponta o secretário adjunto de Meio Ambiente e Infraestrutura.

Além do debate sobre a atividade nearshore, uma das propostas que será feita pela nova gestão do Sindienergia-RS é a realização de uma certificação e de um selo para empresas que estão comprometidas com as energias renováveis. Uma das ideias é que essas companhias possam ter algum benefício quanto a licenciamento ou financiamentos.

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