O vereador Celso Giannazi (PSOL) acionou a Polícia Federal após receber e-mail com ameaças de morte a ele e colegas da Câmara Municipal de São Paulo na quinta-feira (14). A mensagem foi enviada um dia após o atentado cometido por Francisco Wanderley Luiz na praça dos Três Poderes, em Brasília.
Entre xingamentos e expressões de baixo calão, o texto pede que Giannazi e Toninho Vespoli, também do PSOL, avisem os colegas sobre o atentado, que seria motivado pela aprovação de aumento de 37% nos próprios salários por parte dos vereadores, como mostrou o Painel. A bancada do PSOL, no entanto, votou contra a medida.
A mensagem, repleta de descrições de cenas de violência extrema, diz que se os vereadores não renunciarem aos mandatos e abandonarem a política eles serão mortos por "balas, bombas, facas e fogo".
O texto ainda afirma que esse atentado seria em honra ao "herói" Francisco Wanderley Luiz, o Tiü França, e diz que "outros camaradas" estão preparando novos ataques ao Supremo Tribunal Federal e que "as bombas vão estourar por todo o Brasil".
O e-mail é assinado por "Ricardo Wagner Arouxa". Desde 2017, o nome do consultor de tecnologia carioca é utilizado por extremistas para o envio de ameaças e outros crimes virtuais, ainda que ele não tenha relação com esse universo.
Em seu ofício à PF, Giannazi pede investigação imediata sobre a autoria das ameaças, criação de um protocolo nacional específico de prevenção e resposta a ameaças contra autoridades públicas e instituições democráticas e fortalecimento de ações de rastreamento de células fascistas e extremistas no Brasil.
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