O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados definiram como mote para os atos marcados para 16 de março "Fora Lula 2026, anistia já". Descartam, assim, a defesa do impeachment do petista.
A aposta, em outras palavras, é manter Lula no cargo com a expectativa de que definhe politicamente e chegue fraco à eleição do ano que vem. A pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (14), mostrando declínio acentuado na aprovação do petista, animou os bolsonaristas.
O raciocínio é que um eventual impeachment, ainda que hoje seja bastante improvável, poderia dar a chance ao atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), de reorganizar a base aliada com apoio do centrão.
A estratégia de Bolsonaro se choca com a defesa explícita do afastamento de Lula feita por deputados da direita, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), que vêm chamando para os atos com essa bandeira.
O ex-presidente também quer colocar a defesa de anistia para os presos do 8 de Janeiro na pauta das manifestações, que ocorrerão em diversas cidades.
Até por isso, Bolsonaro tende a esnobar o ato da avenida Paulista, que tem Zambelli como uma das divulgadoras, e deve comparecer a um ato na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, organizado pelo pastor Silas Malafaia.
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