O ditador Nicolás Maduro disse que a Venezuela vai aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (18), no evento de abertura da cúpula de chefes de Estado do G20, no Rio de Janeiro.
Maduro também elogiou o discurso feito pelo petista, que chamou de "uma peça para a história" e "balanço extraordinário" das cúpulas do G20 desde 2008, durante entrevista à rede Telesur também na segunda.
"Ele chamou a atenção: como pode haver mais fome, mais desigualdade, mais pobreza? Quanto se gasta em guerra? Como pode haver mais guerras agora, mais ameaças? Até quando? A grande aliança que tem que fazer agora não é pela guerra, é a aliança contra a fome e a pobreza", disse o venezuelano.
Maduro afirmou que pediu que o chanceler Yván Gil telefonasse ao chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e dissesse que a Venezuela "está de acordo com a abordagem do presidente Lula, e estamos preparados modestamente com a nossa experiência dos Clap [Comitês Locais de Abastecimento e Produção], do PAE [Programa Alimentar Escolar], dos programas alimentares da revolução criados pelo comandante [Hugo] Chávez e por mim, para nos incorporar modestamente à grande aliança contra a fome e a pobreza convocada pelo presidente Lula", completou.
Maduro ainda disse que há "bons ares" no Rio Janeiro em relação à situação geopolítica mundial e que concorda com cada palavra do discurso do presidente brasileiro.
A manifestação de Maduro acontece após uma série de rusgas entre as administrações brasileira e venezuelana.
A relação se desgastou após a eleição presidencial venezuelana, ocorrida em julho e na qual Maduro foi declarado vencedor em meio a denúncias de fraude e rejeição da comunidade internacional. E degringolou após o veto brasileiro ao ingresso de Caracas como parceira do Brics.
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