As empresas acusam Moraes de infringir a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que defende a liberdade de expressão e liberdade de imprensa, ao mandar derrubar contas de usuários da Rumble.
Segundo o New York Times, as plataformas alegam que as ordens de alcance nacional influenciam a forma como os perfis aparecem quando a rede é acessada nos EUA, o que violaria a lei americana. A Truth Social não foi afetada pelas decisões judiciais brasileiras, mas, segundo seus advogados, o grupo usa tecnologia da Rumble e, por isso, seria indiretamente lesada pelos bloqueios.
Os bloqueios de Moraes
Em julho de 2020, o ministro mandou derrubar internacionalmente contas de políticos, empresários e influenciadores apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro - todos investigados nos inquéritos que apuravam a disseminação de desinformação e o financiamento de ataques contra instituições. Na ocasião, o inquérito mirava pessoas que promoviam ameaças contra ministros do STF e atingiram somente Twitter, Facebook e Instagram. Muitos bloqueios foram solicitados pela própria Polícia Federal.
Novos bloqueios foram determinados por Moraes nos anos seguintes e, após a invasão à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, o magistrado tomou decisões similares no inquérito que investiga os atos de vandalismo, atingindo também plataformas como Discord, Rumble e Locals.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o Rumble encerrou suas operações no Brasil em dezembro de 2023 por considerar que as ordens de Moraes são "injustas" e para evitar a imposição de multas pela Justiça brasileira. Decisões da Justiça após esse período não foram cumpridas pela empresa, por não possuir operações no país.
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro