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PCC tentou usar clubes portugueses para lavar dinheiro, diz jornal

Uma investigação divulgada no domingo (17.nov.2024) apontou Portugal como novo foco de atividades do PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior facção criminosa do Brasil. O jornal Público revelou que empresários ligados ao PCC pretendiam adquirir clubes de futebol portugueses, como Varzim, Vilaverdense e Felgueiras, no último ano.

Um relatório dos SIS (Serviços de Informação e Segurança) estima que cerca de 1.000 membros do PCC estejam presentes em Portugal. Ulisses de Souza Jorge, agente de Éder Militão e suspeito de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro, foi um dos principais negociadores junto aos clubes. Com Christiano Lino de Menezes, também sob investigação, Jorge propôs a compra da Sociedade Anónima Desportiva do Varzim Sport Club. Ele também fez ofertas ao Vilaverdense e ao Felgueiras.

O PCC reproduziu em Portugal a mesma estrutura operacional que adota no Brasil, incluindo um setor disciplinar interno, diz o jornal. “A identificação de uma estrutura do PCC em Portugal, com esse nível de organização, indica uma operação bem estruturada e com intenção de permanência”, afirmou Lincoln Gakiya, promotor de Justiça e investigador do crime organizado.

Além das tentativas de aquisição de clubes, o PCC também ingressou no sistema prisional português. “Já identificamos responsáveis ​​do PCC no sistema prisional masculino e feminino em Portugal”, disse Gakiya. Ele destacou a preocupação com a capacidade do sistema prisional de lidar com o crime organizado.

Segundo o jornal A Bola, a FPF reagiu a reportagem e anunciou que vai instaurar processos e averiguar eventuais atos ilícitos no futebol nacional. O Conselho de Disciplina da Federação vai abrir processos nas secções Profissional e Não Profissional.

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