Um dia depois de a Procuradoria-Geral da República denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas sob suspeitas ligadas à trama golpista de 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes retirou o sigilo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid —um dos principais documentos que embasaram a denúncia.
Entre as afirmações da PGR estão as de que Bolsonaro liderou a trama para tentar um golpe de Estado no Brasil e continuar no poder; sabia de um plano para matar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes; e tinha um discurso pronto para quando o golpe se efetivasse.
Moraes abriu um prazo de 15 dias para que as defesas se manifestem, antes de a Primeira Turma do STF decidir se torna os denunciados réus. A corte pretende concluir o julgamento ainda neste ano, mas isso pode esbarrar nos prazos para cumprir todos os ritos e em estratégias de defesa para arrastar os processos. Os advogados de Bolsonaro se disseram indignados com a denúncia e afirmaram que as investigações não encontraram elementos que conectem o ex-presidente ao que foi definido como narrativa construída.
O episódio desta quinta-feira (20) do Café da Manhã analisa a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro e aliados do ex-presidente. O advogado Rafael Mafei, professor de direito da USP e da ESPM, trata das evidências, das dúvidas e dos próximos passos do caso.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelo jornalista Gustavo Simon, com produção de Daniel E. de Castro, Gustavo Luiz, Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.
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