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Consumidores pagam a conta de tarifas impostas por Trump; entenda

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Imagem: Roberto Schmidt/AFP

O que são as tarifas impostas por Trump?

Tarifas alfandegárias protegem a produção local. Esses impostos sobre importações tornam os produtos estrangeiros mais caros, beneficiando a indústria nacional e garantindo maior competitividade para fabricantes domésticos. Além disso, as tarifas geram receita para os governos.

Governos aplicam tarifas sobre mercadorias importadas. Esses tributos variam conforme a política econômica adotada. Em alguns casos, servem como barreira comercial para reduzir a dependência externa e estimular a produção interna.

Maioria das tarifas é calculada com base no valor da mercadoria. Esse modelo aplica um percentual sobre o preço do produto importado. Já as tarifas "específicas" são determinadas por unidade, peso ou volume da mercadoria, independentemente do seu valor comercial.

Quem paga as tarifas de importação?

Tarifas são pagas no momento da importação. O imposto é cobrado diretamente do importador, assim que a mercadoria entra no país, aumentando o custo da operação comercial.

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Custos das tarifas são repassados ao consumidor final. Importadores incorporam esses encargos aos preços de venda, incluindo despesas com transporte e seguro. Isso encarece os produtos no mercado interno.

Tarifas podem elevar o custo de vida. Apesar da promessa de cortes de impostos, as políticas tarifárias de Donald Trump podem gerar impactos negativos, como o aumento da inflação. O The Conference Board estima que a alta pode chegar a 0,6 ponto percentual em um ano.

Produtos essenciais são os mais afetados. Itens como alimentos, energia, vestuário e autopeças estão entre os bens tarifados. Como a classe média e as famílias de baixa renda destinam uma parcela maior da renda a esses produtos, o impacto sobre esses grupos tende a ser maior.

Quem regula as tarifas?

OMC facilita o comércio entre países. Com mais de 160 membros, a Organização Mundial do Comércio busca organizar o comércio, negociar acordos e resolver disputas entre governos. Os acordos da OMC estabelecem as regras do comércio global. Esses documentos foram negociados e assinados pela maioria das nações e servem como base legal para as transações internacionais.

Papel crucial na definição das tarifas alfandegárias. Através de negociações e acordos, a OMC estabelece limites máximos para as tarifas, conhecidos como "vinculações", que os países se comprometem a não exceder. Embora os países possam definir tarifas abaixo desses limites, o compromisso de vinculação proporciona segurança aos investidores e comerciantes. A OMC também atua como um fórum para resolver disputas comerciais, garantindo que as políticas dos membros estejam em conformidade com as regras.

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Discriminação entre parceiros comerciais. De acordo com a organização, todos os membros devem receber o mesmo tratamento nas relações comerciais, sem privilégios exclusivos para um país específico. Se um país reduzir uma tarifa para um parceiro, a mesma condição deve ser oferecida a todos os membros da OMC.

Acordos regionais podem criar exceções. Blocos econômicos, como a União Europeia, estabelecem benefícios tarifários entre seus membros, discriminando produtos de fora do grupo.

As decisões da OMC são tomadas pelos próprios membros. Os países participantes votam por meio de ministros, embaixadores ou delegados, que se reúnem periodicamente em Genebra, na Suíça. O consenso é o método mais comum para definir políticas.

Guerra comercial de Trump

Donald Trump impôs tarifas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos. A única exceção foi o petróleo canadense, que recebeu uma tarifa de 10%. Já os produtos chineses passaram a ser taxados em 10%. No entanto, para Canadá e México a taxação foi adiada por 30 dias.

China manteve tarifas e acionou a OMC. Já contra a China, o presidente americano manteve uma série de tarifas já somadas às que tinha estabelecido em seu primeiro mandato. Trump chegou a afirmar que conversaria com o presidente chinês Xi Jinping, mas até o fechamento dessa matéria a taxação sobre produtos em ambos os países estavam mantidas.

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Combate à imigração ilegal e às drogas. Essas são as justificativas usadas por Donald Trump para tarifar os países. O país acusa as empresas chinesas de abastecer grupos envolvidos na fabricação de fentanil. Pequim retaliou às medidas tarifárias, anunciando que "os EUA precisam enxergar e resolver seu próprio problema" com a droga. Por outro lado, durante acordo com México e Canadá, os países prometeram reforçar suas fronteiras para coibir o tráfico de drogas e a imigração ilegal. O Canadá, por exemplo, anunciou um investimento de R$ 7,5 bilhões em segurança.

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