Desde o ano passado, um acordo transferiu os atendimentos da Golden Cross para a Amil, em troca de 95% das receitas dos planos.
Atolada em dívidas principalmente com o fisco e acumulando prejuízos ano após ano, a empresa tomou o golpe de misericórdia em 24 de janeiro.
Nesse dia, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) deu 30 dias para a Vision Med —razão social do CNPJ sob o qual a Golden Cross opera— vender a carteira de clientes em razão de sua "incapacidade de regularizar as anormalidades econômico-financeiras detectadas".
A decisão pode atingir cerca de 215 mil clientes dos planos de saúde e 100 mil usuários do plano odontológico.
Se não houver uma decisão judicial que anule o ato da ANS ou o surgimento de uma empresa que tope incorporar a carteira e as obrigações da Golden Cross, a empresa deve ser liquidada, e os segurados poderão usar a portabilidade para migrar para outros planos.
Levam a inexigibilidade de carência, mas provavelmente vão enfrentar altas nos valores pagos.
Procurada pelo UOL, a Golden Cross disse que tem um plano para sair da crise e que não concorda com a decisão da ANS.
A empresa afirma que já buscou reverter a decisão da ANS por meio de um recurso administrativo e ainda avalia ir à justiça.
"A operadora informa que não concorda com a decisão do órgão regulador e que já ingressou com recurso administrativo perante a Diretoria Colegiada, e segue avaliando a adoção das medidas judiciais cabíveis", disse a empresa, em nota.
"Informa também que o planejamento de adequação econômico e financeiro vem em andamento e com sucesso. Os atendimentos aos seus milhares de beneficiários seguem sendo a prioridade da administração da operadora."
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