Estruturas poderiam se enquadrar na definição das "esferas de Dyson". A teoria elaborada em 1960 leva o sobrenome de seu idealizador, o físico Freeman Dyson, e sugere que civilizações altamente avançadas poderiam construir estruturas em torno de estrelas para aproveitar sua energia. Neste cenário, as "esferas de Dyson" seriam megaestruturas desenvolvidas por extraterrestres que usam a energia de radiação de suas estrelas hospedeiras.
Hipótese é rechaçada por parte dos especialistas. Em entrevista ao portal Space.com, Andrew Blain, membro da equipe da Wise e astrônomo da Universidade de Leicester, na Inglaterra, acredita que os sinais identificados pela nave espacial não dizem respeito às "esferas de Dyson". Segundo Blain, é provável que os vestígios sejam de galáxias repletas de poeira quente, as chamadas "Hot DOGs" (sigla em inglês para Hot Dust-Obscured Galaxies). "O número de "Hot DOGs" em qualquer pedaço do céu é o suficiente para sete serem detectadas na área pesquisada pelo WISE. Definitivamente existem "Hot DOGs", embora não esteja claro se existem esferas de Dyson", explicou o astrônomo.
"Hot DOGs" carregam densos buracos-negros. Por conta da grande massa de poeira que os cobrem, essas estruturas não são facilmente identificáveis na luz visível, porém são brilhantes na luz infravermelha, técnica utilizada por telescópios como a Wise. Segundo o portal Space.com, o feixe infravermelho pode "deslizar através das camadas de poeira ao redor dessas galáxias ["Hot DOGs"] sem ser absorvido".
Galáxias do tipo foram descobertas na década de 2010 pela Wise. Em 2015, cientistas identificaram a WISE J224607.57?052635.0, a galáxia mais luminosa já vista. Desde a descoberta das "Hot DOGs", astrônomos como Blain se dedicam em compreender a formação e demais características dessas enormes estruturas.
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro